Quando a palavra cria realidades no corpo Há muito tempo que observo um fenómeno curioso nas consultas. A maioria das pessoas chega com diagnósticos, não apenas com sintomas. “Tenho hérnia”, “tenho fibromialgia”, “tenho ansiedade”. E quando dizem “tenho”, algo muda na forma como se percebem. É como se, a partir daquele momento, o nome se tornasse uma espécie de identidade. O poder do diagnóstico  é tão grande que, em alguns casos, parece redefinir a pessoa. Aquilo que antes e

As feridas emocionais nascem na infância quando a criança não consegue entender ou integrar o que vive. Essas experiências ficam gravadas no corpo e transformam-se em padrões que reaparecem na vida adulta. Medo de ficar sozinho, dificuldade em confiar, relações que se repetem e uma voz interna crítica são sinais de que a criança ferida continua a influenciar escolhas e emoções no presente.